Foi em outra vida, estou certa. As lembranças, os dias sofridos, a distância. De tudo. Mas havia uma chama, sei disso também. Precisava de vento forte. E este soprou lento e intenso até que tudo se tornou um clarão. Um clarão interno que abriu portas, iluminando mente e alma. Cada centelha foi aproveitada, com ânsia, amor, paixão, voracidade, por vezes ira, raiva, intolerância e erros, até alcançar a serenidade. De estreita, a passagem abriu-se em mil caminhos. Nem sempre a escolha foi a melhor ou a mais fácil. Em muitas, foi a decisão acertada. Na soma, a vitória. Com lágrimas, riso, rugas, noites de estrelas, noites em claro, muitos pôr do sol, banhos de chuva, choro abafado, dúvidas, fraquezas, sentimentos. Existir é ganhar consciência de si, do mundo. Existir é sempre ter um lugar para onde voltar, nem que seja uma estrada para dentro, onde se possa reiniciar a caminhada.
Comentários
Beijos.
Clóvis
Abraço, Magali.
Gostei de tudo, mas especialmente dessa parte.
É pra dentro mesmo, a nossa estrada. A nossa caminhada está sempre recomençando e só assim é possível evoluir...
Bjos e obrigado pela visita =)
A sua forma de escrever/sentir diz-me muito.
Fiquei contente de a sentir por lá, no Interioridades. É inexplicável, mas há laços que se reforçam.
Beijo :)