E os seus lhe escapavam por entre os dedos. Aos poucos sua história ia se apagando. Os que lhe deram origem ao pó retornavam e o medo de perder suas raízes lhe açoitava as entranhas. E cada novo dia uma desculpa fugaz era suficiente para procrastinar-se. Cômodo era deixar passar, mesmo que sua carne sentisse a navalha cortando fundo. Mas era fácil esquecer. Até que um pensamento fugidio, insistente, trazia à tona a realidade. E lá estava ela — a vida — parada na curva seguinte da estrada, a lembrar-lhe que o momento é agora. É o caminho. Não há volta. É preciso expiar a dor, levar até a última consequência. E depois, seguir.
Comentários
Magali, revi-me neste texto.
Beijo :)