A colheita

Uma ânsia urgente me aperta a garganta. Rasgo a camisa tentando favorecer a respiração. O peito oprimido entre tantos sentimentos. O coração apertado, por explodir em mil estilhaços.

Nada mais poderá fragmentar os pedaços de vozes perdidas, gritadas ao léu. Palavras desconexas que só fazem cortar fundo na alma, sem volta, pronunciadas na hora infinita que não cala.

Uma vida só é insuficiente para acertar essa conta longa de desencontros de respostas. Uma vida só é insuficiente para plantar as sementes necessárias à colheita de mim mesma.

Comentários

Unknown disse…
Seria preciso várias almas para um só ser que a cada dia briga consigo mesmo e se rasga em mil pedaços tentando encontrar um melhor mosaico de si. Um ser como nós... mulheres.