Transeuntes nauseabundos pululam pelas calçadas e embarafustam-se pelo metrô, ônibus e conduções alucinadamente, proliferando-se feito roedores e transgredindo a tênue linha que divide o espaço invisível entre o mundo e o submundo do inconsciente coletivo. Resvalam pelos ralos e bueiros e se espreitam pelos corredores das galerias subterrâneas da alma em busca de um refúgio longe da turbulência da vida. Se arrastam pela nitidez avassaladora da quinta-feira e se agarram à esperança de encontrar o timbre sútil da sexta à tarde, de onde partirão, de suas lápides trabalhistas, para dois dias de refúgio em sua morada.
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