Dirigia eu lépida e fagueira pela Ipiranga, em Porto Alegre, quando me dou conta que pelo milésimo Natal estou à espera do lança-chamas. Santa Klaus: fui boazinha este ano, quase não chicoteei banzos, somente nos casos mais extremados, fiz boas ações, esperei pacientemente velhinhas atravessarem na faixa de segurança por horas intermináveis, não tirei meleca do nariz (pelo menos não na frente de outrens ou parada na sinaleira, como a maioria), comi toneladas de frutas e verduras. Enfim, fui um exemplo. AGORA VÊ SE ME DÁ ESSA JOÇA DESSE LANÇA-CHAMAS!
Às vezes a gente tem que perder a compostura. Cara, tu não tá entendendo. Um lança-chamas seria tudo na minha vida. Tudo. Tê-u-de-ô. TUDO. Eu poderia resolver várias pendengas diárias no trânsito, na maior classe e categoria. Não, Santa Klaus, fica esperto na parada: a um leve e delicado toque do meu dedo anular da mão direita no botão devidamente acoplado na direção da minha viatura, eu, totalmente equilibrada e no pleno uso das minhas faculdades mentais, detonaria, mandaria para o espaço, um monte de nervosinhos que sou obrigada a aturar todos os dias na BR-116.
Exemplo clássico e prático do dia: vinha eu nesta manhã nervosa e nublada de segunda-feira, com o clima gaúcho insuportável na sua melhor forma, quando um lesado pilotando uma S10 com placa de São Leopoldo, minha terra, tinha a capacidade de dar luz para eu sair da frente. Detalhe: num mega engarrafamento. Pode isso? O cara não pode ser normal. Ele queria que eu desse lugar, saísse da frente, para ele avançar uns cinco metros. Talvez dez, com sorte.
Esse seria o mometo ideal para um lança-chamas. Educadamente e com toda a calma do mundo, eu daria lugar ao apressadinho leopoldense. Tão logo ele estivesse a minha frente, eu poderia me posicionar estratégicamente atrás, acertar a mira fechando o olho direito e (câmera lenta, por favor - essa cena merece câmera lenta) delicadamente trazer o botão de ignição do lança-chamas para trás e ouvir a suave música tchiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-bluuuuuuuuuuuuuuuummmmm seguida de um clarão avermelhado. Ops, desviando rápido para a direita.
Simples assim. Hum... mais um perfeito dia pela frente. Viu Santa Klaus? Eu quero o meu lança-chamas. Com um lança-chamas, quem precisa de terapia?
Às vezes a gente tem que perder a compostura. Cara, tu não tá entendendo. Um lança-chamas seria tudo na minha vida. Tudo. Tê-u-de-ô. TUDO. Eu poderia resolver várias pendengas diárias no trânsito, na maior classe e categoria. Não, Santa Klaus, fica esperto na parada: a um leve e delicado toque do meu dedo anular da mão direita no botão devidamente acoplado na direção da minha viatura, eu, totalmente equilibrada e no pleno uso das minhas faculdades mentais, detonaria, mandaria para o espaço, um monte de nervosinhos que sou obrigada a aturar todos os dias na BR-116.
Exemplo clássico e prático do dia: vinha eu nesta manhã nervosa e nublada de segunda-feira, com o clima gaúcho insuportável na sua melhor forma, quando um lesado pilotando uma S10 com placa de São Leopoldo, minha terra, tinha a capacidade de dar luz para eu sair da frente. Detalhe: num mega engarrafamento. Pode isso? O cara não pode ser normal. Ele queria que eu desse lugar, saísse da frente, para ele avançar uns cinco metros. Talvez dez, com sorte.
Esse seria o mometo ideal para um lança-chamas. Educadamente e com toda a calma do mundo, eu daria lugar ao apressadinho leopoldense. Tão logo ele estivesse a minha frente, eu poderia me posicionar estratégicamente atrás, acertar a mira fechando o olho direito e (câmera lenta, por favor - essa cena merece câmera lenta) delicadamente trazer o botão de ignição do lança-chamas para trás e ouvir a suave música tchiiiiiiiiiiiiiiiiiiii-bluuuuuuuuuuuuuuuummmmm seguida de um clarão avermelhado. Ops, desviando rápido para a direita.
Simples assim. Hum... mais um perfeito dia pela frente. Viu Santa Klaus? Eu quero o meu lança-chamas. Com um lança-chamas, quem precisa de terapia?
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